sábado, 15 de junho de 2013

Recém-nascido morre após ser abandonado por casal em canavial

Bebê foi achado amarrado em sacos plásticos, na noite da última sexta-feira

15/06/2013 09:25 - Nayhara Ricelly, com informações de Mariana Clarissa, da Folha de Pernambuco

Atualizado às 18h37
Um casal deu entrada em um hospital em Pontes dos Carvalhos, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), na noite da última sexta-feira (14), afirmando que Lucília Maria da Silva, 27 anos, grávida de nove meses de uma menina, teria abortado e não conseguido resgatar o bebê. Depois, Samuel José da Silva, 37 anos, que não é o pai da menina, confessou que deixou a criança em um canavial, próximo ao centro do Cabo. O hospital acionou o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), que repassou o caso para a Delegacia de plantão do Cabo.
De acordo com Lucília Maria, quando começou a sentir dores, por volta das 7h, ligou para Samuel José pedindo ajuda. Antes da chegada dele, a mulher entrou em trabalho de parto, no banheiro de casa, onde estava sozinha. Quando ela viu a criança na privada chegou a desmaiar.
Segundo depoimento de Samuel José, ao chegar na casa da mulher, ela ainda estava desmaiada e a recém-nascida morta. Ele tratou de fazer imediatamente à limpeza necessária em Lucília, só não conseguiu retirar a placenta. Ambos seguiram para o canavial onde esconderam o corpo da bebê e, em seguida, foram ao hospital.
De acordo com informações da delegacia do Cabo, a criança foi achada em Ipojuca, onde estava amarrada com cinco sacos plásticos e com um deles envolvendo o pescoço. Ainda de acordo com a delegacia, não possuem informações se a menina estava viva no momento do crime. 
Segundo informações do Instituto Médico Legal (IML), a perícia não detectou água nas vias respiratórias da criança, comprovando que a causa da morte não foi afogamento. Outras perícias serão feitas.

Após receber alta médica, Lucília será encaminhada para a Colônia Penal Feminina, no Recife. Já Samuel será levado ao Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel). Ambos responderão pelo crime de ocultação de cadáver.

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