domingo, 19 de janeiro de 2014

Explosões em manifestação deixam 28 feridos na Tailândia


Esquadrão antibomba examina o local de uma explosão em Bangcoc  (NICOLAS ASFOURI/AFP)
Esquadrão antibomba examina o local de uma explosão em Bangcoc

Bangcoc - Pelo menos 28 pessoas ficaram feridas após explosões e tiros neste domingo em Bangcoc, durante um protesto de opositores ao governo tailandês, indicaram autoridades. "Foram registradas duas explosões e tiros no Monumento da Vitória", ocupado desde segunda-feira por manifestantes que exigem a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra, anunciou o centro médico de Erawan em seu site.

Segundo um registro inicial, 28 pessoas ficaram feridas, pelo menos uma delas a tiros, acrescentou o centro, que não forneceu detalhes sobre o estado de saúde dos feridos.

Suphan Srithamma, integrante do Ministério da Saúde, confirmou esse número e acrescentou que, entre os quase 30 feridos, "sete sofreram ferimentos graves" e que "a maioria está sendo submetida a cirurgias".

Suthep Thaugsuban, um dos líderes da oposição disse que os manifestantes não vão se deixar intimidar e levarão os protestos para o sul do país na segunda-feira. "Eles nos atacam quase todos os dias e noites, mesmo que estejamos de mãos vazias e não causemos estragos," disse.

"Mas, não importa quantas balas e bombas usem, eles não vão conseguir matar todo o povo tailandês", acrescentou, acusando o governo de estar por trás dos ataques.

O jornal Post Today indicou em seu site que um de seus jornalistas está entre os feridos. Um jornalista da AFP, que chegou pouco depois do incidente, viu pessoas com as roupas manchadas de sangue.

"Havia pessoas conversando, normalmente, quando ouvimos uma violenta explosão", disse à AFP Theerayuth Utakaintanond, um manifestante de 52 anos. "Dois minutos depois, ouvimos outra explosão, e todo mundo entrou em pânico e começou a correr", acrescentou.

Manifestantes de uma oposição heterogênea, ligada às elites de Bangcoc, aos ultra-monarquistas e aos habitantes do sul, exigem há mais de dois meses a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra e o fim do sistema político que chamam de "sistema Thaksin", em referência ao irmão de Yingluck. Thaksin é associado a uma onda de corrupção generalizada e acusado de manipular a irmã de seu exílio, em Dubai.

O ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra está exilado desde 2006, quando foi derrubado por um golpe militar. Mas continua sendo o personagem central da política tailandesa, o que provocou sucessivas crises políticas entre seus partidários e críticos.

Desde o início da crise política na Tailândia, que custou a vida de nove pessoas em dois meses e meio, houve uma série de ataques de homens armados contra os opositores ao governo. 

Na segunda-feira passada, dezenas de milhares de manifestantes lançaram uma operação de bloqueio da capital para intensificar a pressão sobre o governo.

Em uma tentativa de sair da crise, Yingluck Shinawatra convocou eleições antecipadas para o dia 2 de fevereiro, mas os manifestantes se negam a participar.

Fonte:www.diariodepernambuco

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